Os malhantes

Temos uma experiência sólida de investigação e ensino nacional e internacional, e de trabalho com os setores cooperativo, associativo, empresarial e administração pública,  em áreas como floresta; água; agricultura; ambiente; cidades; inovação social; inclusão social e cooperativismo.

Bernardo Fernandes

Temas: território, Juventude, vida pública, cooperativismo, gestão democrática

Métodos e serviços: métodos qualitativos; etnografia; entrevistas; governança colaborativa

Sou doutorando em sociologia, dedicado ao estudo das questões em torno do território, juventude e políticas públicas. Em termos de investigação tenho trabalhado nas áreas da ruralidade, vizinhança, vida pública e urbanismo e ensino profissional. Encontrei na Cooperativa Rizoma, da qual sou co-fundador, uma forma alternativa de organização social e económica.  Dedico-me  maioritariamente às soluções de governança, desenvolvimento e habitação cooperativa em propriedade coletiva. Estou ainda envolvido na criação da Rede de Cooperativas Integrais – um fórum de discussão e de partilha de informação, dificuldades e sucessos; e na criação da Rede Co-Habitar – um grupo de cooperativas e coletivos de habitação em Portugal que trabalha pelo direito à habitação cooperativa em propriedade coletiva.

Catarina Isidoro​

Temas: transdisciplinaridade; participação; co-criação; governança

Métodos e serviços: investigação-ação; facilitação; capacitação; envolvimento da(s) comunidade(s) através de processos participativos para apoio à decisão

Sou Mestre em Planeamento Regional e Urbano e licenciada em Geografia. Trabalho na área da investigação transdisciplinar e na facilitação de processos participativos, promovendo a colaboração entre diferentes setores e saberes, tanto empíricos como científicos. Aplico metodologias participativas que abrangem desde o planeamento urbano, incluindo o espaço público, a mobilidade sustentável e a biodiversidade urbana,  até às dinâmicas rurais,  gestão da paisagem e dos sistemas agrícolas, bem como à governança e à inovação social. Tenho experiência na dinamização de iniciativas que envolvem comunidades locais e organizações da sociedade civil, instituições públicas, equipas técnicas, investigadores, e outros agentes do território. Juntei-me à Malha porque acredito na importância de criar espaços de diálogo e cocriação que aproximem o(s) conhecimento(s), as políticas e as comunidades.

Catarina Mateus

Temas: planeamento participativo; obra participativa; cooperativismo; gestão cultural

Métodos e serviços: gestão de projeto; dinamização de jogos; obra participativa; investigação

Formei-me em Arquitetura e Urbanismo, e estou atualmente a concluir o doutoramento em Estudos Urbanos no ISCTE-IUL, sobre cooperativas e outras formas de urbanidade. Entre formações, dei aulas no curso de arquitectura na Universidade UISEK em Quito (Equador). Estive envolvida com vários projetos ativistas, comunitários e culturais como a associação cultural autogerida 1000fryd em Aalborg, o coletivo La Ortiga, que procurava dar uso e abrir à cidade de Quito um espaço abandonado e fechado, obras participativas com comunidades na Costa do Equador e em Quito, e fui co-fundadora do festival de cinema Habitante, em Quito e Guayaquil. Mais recentemente co-fundei um coletivo através do qual organizamos anualmente obras participativas em Espanha e Portugal, o Encuentro de Arquitectos de Herramientas en Mano (EAHM), que teve este ano a 8ª edição. Tenho também, através do doutoramento estado envolvida com processos de investigação e optimização de cooperativas não só em Portugal como no Equador. Isto deu azo a que, com o Filipe Olival, criássemos um jogo que tem servido para levar os princípios cooperativos a escolas, universidades e espaços culturais.

Filipe Olival

Temas: economia ecológica; cooperativismo e democracia económica; gestão comunitária

Métodos e serviços: observação participante e outros métodos etnográficos; investigação colaborativa; mapeamento de ideias e planos de ação; cooperativismo e economia solidária; governança colaborativa

Nasci entre o mar e a serra, na costa este da ilha da Madeira, de olhar posto no horizonte. Fascinado com a diversidade que nos torna humanos, decidi estudar antropologia sociocultural. Tendo concluído a minha licenciatura no ISCTE-IUL, embarquei para a cidade escocesa de Aberdeen, onde ingressei num programa que combinava a antropologia com a ecologia. Em busca de bases para imaginar futuros pós-capitalistas, dediquei a minha investigação de doutoramento a compreender o potencial das cooperativas integrais para esboçar um sistema socioeconómico mais sustentável, democrático e igualitário. A minha experiência com diferentes cooperativas tem envolvido a coordenação de grupos de trabalho, o apoio ao desenvolvimento de projetos cooperativos, a formação em métodos de cooperação (online e offline), em governança colaborativa e em antropologia económica (ou “economia além do mercado”). Na Malha Cooperativa deposito a esperança de levar o conhecimento além das paredes da academia e de contribuir para impulsionar diversas comunidades a tomar as rédeas das suas vidas.

Joana Martinho

Temas: participação; mudança organizacional; igualdade de género

Métodos e serviços: facilitação; capacitação; avaliação de impacto social

Sou licenciada em Ciências da Comunicação (Universidade do Porto) e formada em Gestão (Porto Business School). Trabalho há 15 anos com organizações e projetos com objetivos sociais, no Reino Unido e Portugal. Hoje em dia dedico-me a apoiá-los a mudarem a sua forma de trabalhar, para aumentarem o seu impacto e a sua sustentabilidade. Acredito que a melhor forma de fazer isto é através da reflexão e tomada de decisão em conjunto, com base nos princípios da igualdade de género e da liderança feminista e inclusiva. Avalio o impacto social de projetos, desenvolvo e implemento projetos de capacitação organizacional e facilito processos participativos – entre outras coisas! Antes de ser consultora freelancer, trabalhei em comunicação e advocacy na Oxfam, comunicação para a angariação de fundos na Universidade de Oxford e apoio direto a jovens NEET (Prince’s Trust) e sobreviventes de violência de género (Oxford Rape Crisis Centre).

João Fialho

Temas: cooperativismo; gestão democrática

Métodos e serviços: investigação em economia política; apoio a cooperativas; formação de cooperativismo

Sou licenciado em Economia pela Nova School of Business and Economics (NovaSBE) e possuo um mestrado CEMS em Gestão Internacional pela NovaSBE e pela Universidade de Viena (WU). Trabalhei anteriormente em Comércio Internacional, e sou  atualmente doutorando em Economia Política, com foco na sua investigação em Cooperativas e Democracia Económica. Sou cofundador da Rizoma Cooperativa Integral,  presidi à Assembleia Geral e coordenei o Grupo de Trabalho de Governança.

Marta Romero

Temas: governança; água; baldios e género

Métodos e serviços: investigação-ação; participação

Nascida em uma grande cidade, cresci com um grande assombro pelas plantas, animais, rios e estrelas que encontrava cada verão na serra Madrileña e na Galiza, terra dos meus avós. Motivada por uma preocupação sobre a destruição dos ecossistemas, estudei biologia e fui orientando a minha formação para entender as relações ser humano-natureza. O meu doutoramento em  Sociologia Rural pela Universidade de Wageningen, permitiu-me desenvolver uma bagagem mais sólida em ciências sociais e enfoques de investigação e ação participativa para a sustentabilidade, mas sobretudo foi uma viragem a nível pessoal. Hoje em dia, sou apaixonada por enfoques de governança comunitária como modelos eficazes para a conservação da natureza, e promoção de economias comunitárias mais justas e sustentáveis. Embora continue a fazer investigação académica (com projetos de Sul ao Norte do país com temas de governança de água, baldios e gênero), tento sempre estar com um pé nos territórios e comunidades com quem trabalho. A Malha tem me permitido alinhar o meu tema de pesquisa com uma maneira de trabalhar, mais colaborativa e democrática, ganhando em coerência. É um sonho que se vai construindo aos poucos, com o apoio e experiência de colegas da Malha, e muita inspiração do movimento cooperativo integral em Portugal, e outras geografias…

Marta Varanda

Temas: governança e co-gestão/ação coletiva/mudança organizacional

Métodos e serviços: participação; análise de redes sociais

Sou socióloga de formação com licenciatura e mestrado por terras americanas e doutoramento em França. O meu interesse sobre o estudo da água cativou-me para a riqueza do trabalho inter e transdisciplinar, hibridizando a minha formação inicial. A minha investigação tem-se centrado em problemas de ação coletiva, recentemente com enfoque na governança da água. As minhas metodologias preferidas são a investigação-ação, as metodologias participativas e a análise de redes sociais. Gosto de dedicar-me a projetos com impacto socio-económico apoiando coletivos/organizações (sociedade civil, empresas e administração pública) para que desenvolvam formas criativas de responder a problemas sociais e ambientais, capacitando-os para a solução coletiva de problemas comuns. Encontrei na Malha o espaço onde posso desenvolver estes projetos, porque na Malha colaboramos, cuidamos e acreditamos uns nos outros. E rimos.

Oriana Brás

Temas: saúde; ambiente; participação

Métodos e serviços: etnografia; investigação-ação; entrevistas; facilitação de participação comunitária

Nascida nos anos 80, no centro norte de Portugal, estudei Antropologia e Sociologia na Universidade de Coimbra, com uma passagem significativa pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, na Fiocruz, Brasil. Adoro o trabalho de campo qualitativo mas também já me dediquei a estudar dinâmicas organizacionais e semânticas da investigação científica através de cientometria. As minhas experiências de trabalho incluem animação comunitária para o desenvolvimento rural e investigação etnográfica em cuidados de saúde, controvérsias socioambientais e participação pública, sempre como parte de equipas interdisciplinares. Aprendi permacultura, o método Miyawaki de reflorestação e agricultura sintrópica. Recentemente, enveredei pelos caminhos da investigação-ação para a mudança socioecológica. Juntei-me à MALHA porque acredito no poder do conhecimento partilhado e da ação coletiva na transformação socioambiental. E adoro trabalhar com este grupo!